Este é um artigo escrito por Rubens Lessa e enviado pelo Rafael Camargo
Quem se aventura a escrever ou falar sobre música no contexto da igreja, hoje, está sujeito a chuva e trovoada. Por quê? Porque um número cada vez maior de pessoas está oferecendo fogo estranho ao Senhor. Alguns, por ignorância; outros, por teimosia. Faz pouco tempo, saímos de cabeça baixa de uma igreja por causa do tipo de música apresentada durante o culto de adoração. Temos certeza de que os anjos também se retiraram de cabeça baixa. Não queremos imitar ninguém, mas o que se apresenta como música em algumas de nossas igrejas hoje em dia, "é uma vergonha". Diz o salmista: "Louvai ao Senhor, porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; isto é agradável; decoroso é o louvor" (Sal. 147: 1). Há pessoas que honram ao Senhor, oferecendo-Lhe o que é decoroso. Estes são os que "não dobraram os joelhos a Baal". Mas o que é indecoroso? O assunto é vasto e polêmico, mas queremos relembrar alguns aspectos negativos.
- Cantar melodia sertaneja ou popular com letra supostamente sacra. Até o jeito de cantar é trivial; portanto, reprovável. Sem falar em letras repetitivas, banais, sem coerência doutrinária ou teológica. Fogo estranho! O Manual da Igreja, página 86, recomenda: "A música profana ou a que é de natureza duvidosa ou questionável nunca deve ser introduzida em nossos cultos."
- Trejeitos vocais. Alguns de nossos "cantores" emitem um som rouquenho, com voz dengosa, para chamar a atenção dos fãs. É imitação barata. Outros, poderiam ser chamados de surfistas da voz: fazem curvinhas para cima, para baixo, para um lado e para o outro. Deus não aceita o louvor dos que brincam nessa onda, por mais que digam "amém" no final de suas apresentações.
- Música estridente. Alguns conjuntos vocais cantam tão alto que quase explodem os tímpanos dos ouvintes. Não se deve abusar do avanço da tecnologia. O controle do som deve ser feito por pessoas que tenham autocontrole, e não por gente destituída de reverência. "Não o canto alto que é necessário, porém entonações claras, a pronúncia correta, a dicção distinta." - Evangelismo, pág. 505.
- Repertório. O repertório de um cantor ou conjunto deve obedecer a alguns critérios: melodia e ritmo desvinculados de tendências profanas, arranjos que incluam bom gosto e equilíbrio, sem dissonâncias extravagantes, letra condizente com as doutrinas bíblicas, enfim, música que promova o espírito de adoração e louvor. A advertência do Manual da Igreja, à página 86, sobre a escolha de pessoas para cuidarem da música na igreja, merece atenção: "Aqueles a quem falta discernimento para a devida e apropriada escolha de música para o culto divino, não devem ser escolhidos."
Muitos de nossos jovens (e até adultos) não sabem fazer distinção entre o joio e o trigo. Por quê? Por estarem condicionados a essa "água com açúcar" que rola por aí.
Não devemos generalizar, pois há pessoas, tanto jovens como adultos, realizando um excelente ministério por meio da música. Tememos, no entanto, que a atual onda de desvirtuamento continue avançando.
Os corais de nossas igrejas e colégios, os cantores do Está Escrito e da Voz da Profecia devem ser modelos ou paradigmas. É também imprescindível que compositores, regentes e diretores de música estudem e pratiquem a filosofia de música da Igreja. Tudo com equilíbrio, bom senso e oração. Não se deve entregar o controle desse ministério aos fariseus da música nem aos adeptos do laissez-faire, e sim a pessoas sensatas e " tementes a Deus. Enquanto é tempo.
Obs.: Queridos irmãos, vamos refletir com carinho na mensagem de Rubens Lessa, sem dúvida alguma é para o nosso crescimento espiritual, nos orientando e fazendo apenas a vontade do nosso Deus.
Diretores de Música
Rafael Camargo
Katherine Gabriel
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